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SÁBADO – 15h – Belo Monte parou, e agora?

Bate-papo sobre a decisão judicial e as implicações na luta contra a barragem

Com: Verena Glass (Jornalista – Xingu Vivo),
Spensy Pimentel (Jornalista – Antropologia USP),
Helena Palmquist (Assessora de Comunicação do Ministério Público do Pará),
Célio Bermann (Professor da USP – a confirmar),
Marcelo Zelic (Grupo Tortura Nunca Mais SP).

No Grupo Tortura Nunca Mais – Rua Frei Caneca 986 – São Paulo

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CADA AÇÃO DELES TERÁ UMA REAÇÃO NOSSA – BASTA DE CRIMINALIZAÇÃO AO ATIVISMO! NÃO PASSARAM!!

A sociedade civil organizada realizou entre 13 e 17 de junho no Pará o encontro Xingu+23 para marcar posição contra a construção de Belo Monte. Perseguir ativistas que participaram do evento foi a resposta do Estado e do consórcio construtor da usina (CCBM). Logo após o fim do encontro, a polícia civil do Pará solicitou à Justiça a prisão preventiva de 11 pessoas acusadas de participar de protestos. Mas como toda ação tem uma reação, essa não ficou sem! Ontem (5 de julho) realizamos um ato em solidariedade aos 11 do Xingu (e a todos os outros que sofrem diariamente por lutarem contra a construção de Belo Monte). Nos concentramos às 17h30 em frente a estação da Luz e caminhamos até o antigo prédio do DEOPS (Departamento de Operações Políticas e Sociais), hoje Memorial da Resistência.

Durante o ato tivemos música, projeções, palavras de ordem e muita conversa sobre o ocorrido. A presença da bateria autônoma trouxe energia e força às palavras. Todos cantavam juntos em defesa dos processados e contra a construção da usina. Na parede do Memorial da Resistência eram projetadas cenas e fatos sobre os 11 ativistas que estão sendo criminalizados e também sobre o contexto em que se dá a construção de Belo Monte como um todo. Cerca de 50 pessoas fecharam uma das vias da Rua Mauá para assistir as projeções que apontavam ao que está acontecendo em Altamira, e também em São Paulo, Rio de Janeiro e tantos outros lugares em que direitos seguem sendo sistematicamente violados e os movimentos sociais passam por uma crescente repressão e perseguição política.

Enquanto manifestávamos nossa indignação com tudo o que vem acontecendo no Xingu, é claro que a polícia apareceu. Logo um comandante veio exibir o que aprendeu sobre negociação na academia militar e calmamente solicitou: “liberem a via ou vamos atuar” (segundo palavras do próprio). Liberamos a via, não desejávamos o confronto. Nosso objetivo ali era outro. Estávamos ali em solidariedade a todos aqueles que foram ou são perseguidos (mesmo que hoje vivamos num suposto regime democrático). Estávamos ali pelos 11 do Xingu (um jornalista, um padre, uma freira, um pescador, missionários indigenistas e um documentarista) e todos os outros que lutam por um outro sistema!

Hoje, amanhã e sempre, Somos Todos Xingu!

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The Xingu 11 – Protest against the criminilization of the struggle against Belo Monte

June, 3rd

The Xingu 11 – Protest against the criminilization of the struggle against Belo Monte

Não passarão!

They shall not pass!

“During the event, the Pará Civil Police called for the preventive incarceration of 11 people accused of participating in the protests. Among the accused in the inquiry are members and organizers of Movimento Xingu Vivo para Sempre, a priest who spoke mass over and blessed the meeting, a nun, a fisherman who had his house destroyed a few days before by the Consortium, missionaries to the indigenous cause and one documentary-maker from São Paulo. Without proof, the group of companies responsible for the dam (CCBM) accuses these persons of robbery, gang formation and disturbing the peace, amongst other crimes.”

Movimento Xingu Vivo para Sempre (http://www.xinguvivo.org.br/2012/06/26/policia-pediu-prisao-preventiva-de-ativistas-contra-belo-monte/ ).

 

To each of their actions, we will react. The persecution of activists who struggle againts the construction of Belo Monte dam drives us to reflect about what, in fact, is happening in Altamira, west of Pará. The resistance of groups that support Xingu Vivo resulted in the bringing to light of the violence and persecution enacted by the Belo Monte Construction Consortium, Norte Energia and the state police, which ordered the preventative incarceration of eleven people connected to the struggle in Xingu.

From June 13-17, an average of 300 people held the Xingu+23 meeting in Santo Antonio community, 50 km from Altamira – Pará. One of the aims was to revive the spirit of resistance shown by the Amazon people, which 23 years ago, stopped the dam’s construction. Over and above this, a cry has formed in everyones throats. The cry is, “Rio+20 doesn’t represent us!”. The Xingu+23 meeting sought for ways and strategies to prevent Belo Monte from being built, as well as giving visibillity to the negatively affected comunities – local fishermen, indigenous peoples and others, in contrast to the cynicism of the brazilian government.

The so-called sustainable development of Norte Energia, sold through massive media investment, does not reflect the truth about the scenario of the dam’s construction. While Belo Monte is sold by the government advertising as a dream, it is a nightmare for those who have to live with the reality of it. Since the commencement of construction, Altamira underwent a population explosion and consequently suffered real state speculation, a rise in food prices, an increase in accidents and indicators of violence, highlighting murder and a horrific 160% increase in the number of rape victims. While these problems had already been predicted, they were aggavated by the fact that the consortium failed to adhere to the conditions of construction.

A protest against the repression and in solidarity with the victims of the aliance between the brazilian government and private enterprise, represented by major construction corporations – Odebrecht, Camargo Correa e Andrade Gutierrez, will take place this Thursday, June 5th, in front of the former DEOPS building, now called Museu da Resistência, next to Luz station.

Why protest in front of DEOPS in solidarity with the victims of political persecution in Xingu? Because our current democracy is exhibiting similar patterns to the past military period. As if it’s not bad enough that the government is reviving a plan conceived under the military period, this “democratic” government also persecutes those who oppose their plans. Those who were persecuted in the past, are now persecuting. They are calling for the incarceration of activists who dare to protest against the R$30 billion project. This is part of the brazilian government’s plans for economic growth, at any cost. In the name of “national interest”, they will destroy anything that stands in their way. This Thursday, take to the streets against the repression and political persecution that strips us of our freedom in this broken system.

Hoje, amanhã e sempre, Somos Todos Xingu!!

Today, tomorrow and always, We are All Xingu!!

 

Press Office

When: Thursday, June 5th, at 17:30 (SP-BR)

Where: meet at Luz Park, downtown Sao Paulo

What: walk to the former DEOPS building at 18:30 (SP-BR)

Event: https://www.facebook.com/events/261332067304631/

Contact information

ocupasampa@riseup.net

Thiago Rosa / serviço de imprensa +55(11)8317 7492

Luiza Damigo / press office +55(11)8504 4145

 

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Os 11 do Xingu – Ato contra a criminalização da luta contra Belo Monte. Não passarão!

 “Durante a realização do evento, a polícia civil do Pará solicitou à Justiça a prisão preventiva de 11 pessoas acusadas de participar dos protestos. Entre os acusados no inquérito estão integrantes e assessores do Movimento Xingu Vivo para Sempre, um padre que rezou uma missa e abençoou o encontro, uma freira, um pescador que  teve sua casa destruída pelo Consórcio poucos dias antes, missionários indigenistas e um documentarista de São Paulo. Sem provas, a concessionária responsável pela usina (CCBM) acusa essas pessoas de roubo, formação de quadrilha e perturbação, entre outros crimes.

Toda ação deles terá uma reação nossa. A perseguição aos ativistas que lutam contra a construção da usina de Belo Monte leva a uma série de reflexões sobre o que está, de fato, ocorrendo em Altamira, oeste do Pará. O resultado da resistência dos grupos que apoiam a luta pelo Xingu Vivo trouxe à tona a violência e perseguição do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), da Norte Energia e da polícia do estado, que decretou a prisão preventiva de onze pessoas ligadas à luta em prol do Xingu.

De 13 a 17 de junho, cerca de 300 pessoas se reuniram no encontro Xingu+23 na comunidade de Santo Antonio, 50km de Altamira – Pará. Um dos objetivos foi reviver um marco da resistência dos povos da Amazônia que, há 23 anos, impediu a construção da usina. Além disso, havia um grito entalado na garganta de todos ali, um grito de que a Rio+20 não lhes representava – nem a nós! O Xingu+23 buscou formas e estratégias de lutar contra Belo Monte, dando visibilidade aos atingidos pela obra – ribeirinhos, indígenas, pescadores, quilombolas e outros –, em contraste com o cinismo do governo brasileiro.

O suposto desenvolvimento sustentável da Norte Energia, vendido através de investimentos massivos em mídia, nada traz do real e verdadeiro cenário da construção da hidrelétrica. Belo Monte é mais um sonho divulgado pela propaganda do estado que se transformou em pesadelo para os que vivem sua realidade. Desde o início das obras, a cidade de Altamira passou por uma explosão demográfica e, consequentemente, por especulação imobiliária, alta no preço dos alimentos, acidentes, aumento dos indíces de violência, com destaque para assassinatos e um assustador crescimento de 160% no índice de vítimas de estupro. Tudo já previsto, mas agravado pelo não cumprimento das condicionantes pelo consórcio construtor.

Um ato contra a repressão e em solidariedade às vítimas da aliança do estado brasileiro com o capital financeiro representado nas grandes construtoras – Odebrecht, Camargo Correa e Andrade Gutierrez – será realizado nesta quinta-feira, 5/7, em frente ao antigo prédio do DEOPS, hoje chamado Museu da Resistência, próximo à estação da Luz.

Mas por que uma ação de perseguidos políticos do Xingu no DEOPS? Porque são muitos os paralelos do nosso regime democrático com o período militar. Como se não bastasse tirar do papel uma obra arquitetada pelos militares, o governo “democrático” brasileiro também persegue os que se opõem aos seus planos. Hoje aqueles que outrora foram vítimas de perseguição política se transformaram em perseguidores. Pedem o encarceramento de lutadores que ousaram se colocar contra uma obra de R$ 30 bilhões que faz parte dos planos de crescimento a qualquer custo do Estado brasileiro. Em nome do “interesse nacional”, não hesitam em destruir o que quer que apareça no caminho. Nesta quinta-feira, vamos às ruas contra a repressão e perseguição política que extirpa nossa liberdade diante desse sistema falido.

Hoje, amanhã e sempre, Somos Todos Xingu!!

Serviço          

Quando: quinta, 05/07, às 17h30

Onde: concentração em frente ao parque da Luz, centro de São Paulo

O que: caminhada até o antigo prédio do DEOPS às 18h30.

Para mais informações

xingu23sp@riseup.net

Thiago Rosa / serviço de imprensa +55(11)8317 7492

Luiza Damigo / press office +55(11)8504 4145

 

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Political persecution in Xingu

June, 28th 2012

Police Arrests 11 Activists Operating on Rainforest Fronts in Brazil

 11 activists standing in solidarity with indigenous people against the Belo Monte dam project in the Brazilian Amazon were arrested after company overseeing the construction pressed charges against them on counts of theft, conspiracy, disturbance and other crimes.

 The civil police of the state of Para, Brazil asked the Court of Justice to arrest 11 activists accused of participating in protests against the construction of Belo Monte dam during the event “Xingu +23”, taking place in the region. Law enforcement is waiting for a report from the juridical instances to pursue further action.  

 Among the defendants in the investigation are advisers and members of the Movimento Xingu Vivo Para Sempre (Xingu: Alive Forever), a priest who celebrated a public mass for the protest, a nun, a fisherman who had his house destroyed by the consortium, a documentary filmmaker of São Paulo and indigenista missionaries.

 The police accuse them of having planned a direct action at the offices of Norte Energia consortium, responsible for the construction of Belo Monte dam, enumerating allegations of arson, trespassing, theft, public nuisance, disobedience, property damage and conspiracy. All despite not having a “(…) single image in file to prove that”, says Marco Apolo Leão, lawyer and president of the human rights legal society defending the activists.

 Lawyers of the movement, facing threats of arrest by the police, filed for a preventive habeas corpus to ensure freedom of the persecuted. Filed by the defence on Friday, June 22, the habeas corpus application was approved by the prosecutors but denied by the court on Monday, June 25th. The decision will be appealed; the defence maintains that no one will testify at the police because they do not have access to all parts of the investigation. The testimony of eight of the 11 defendants was scheduled for Wednesday, June 27th.

 Defence

 Not only is the defence been denied full access to all documentation of the process, but the

Xingu Vivo movement argue that the investigations lack legitimacy and impartiality as the civil and military police in Altamira are largely sponsored and financed by the Belo Monte consortium. An official cooperation agreement was signed between the state government and corporations who are responsible for executing this project.

 The defence also say that this is yet another case of criminalization of social movements, happening everywhere in the world. A large network of solidarity and demonstrations are building up around this confrontation between the corporate consortium, the police and the state. A note of support for militants has already been signed by over 150 civil society institutions throughout Brazil, including the Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) and the Movimento Nacional de Direitos Humanos (National Movement for Human Rights – MNDH).

 Still this week, the legal team of the movement will send a report to the UN and the OAS denouncing the criminalization of activists.

For further information:

Xingu Alive

Verena Glass / press officer  + 55 (11) 9853.9950

Ruy Sposati / press officer  + 55  (93) 9173.8389

http://www.xinguvivo.org.br/2012/06/26/policia-pediu-prisao-preventiva-de-ativistas-contra-belo-monte/

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Political persecution in Xingu

FOR IMMEDIATE RELEASE

June, 28th 2012

Police Arrests 11 Activists Operating on Rainforest Fronts in Brazil

11 activists standing in solidarity with indigenous people against the Belo Monte dam project in the Brazilian Amazon were arrested after company overseeing the construction pressed charges against them on counts of theft, conspiracy, disturbance and other crimes.

The civil police of the state of Para, Brazil asked the Court of Justice to arrest 11 activists accused of participating in protests against the construction of Belo Monte dam during the event “Xingu +23”, taking place in the region. Law enforcement is waiting for a report from the juridical instances to pursue further action.

Among the defendants in the investigation are advisers and members of the Movimento Xingu Vivo Para Sempre (Xingu: Alive Forever), a priest who celebrated a public mass for the protest, a nun, a fisherman who had his house destroyed by the consortium, a documentary filmmaker of São Paulo and indigenista missionaries.

The police accuse them of having planned a direct action at the offices of Norte Energia consortium, responsible for the construction of Belo Monte dam, enumerating allegations of arson, trespassing, theft, public nuisance, disobedience, property damage and conspiracy. All despite not having a “(…) single image in file to prove that”, says Marco Apolo Leão, lawyer and president of the human rights legal society defending the activists.

Lawyers of the movement, facing threats of arrest by the police, filed for a preventive habeas corpus to ensure freedom of the persecuted. Filed by the defence on Friday, June 22, the habeas corpus application was approved by the prosecutors but denied by the court on Monday, June 25th. The decision will be appealed; the defence maintains that no one will testify at the police because they do not have access to all parts of the investigation. The testimony of eight of the 11 defendants was scheduled for Wednesday, June 27th.

Defence

Not only is the defence been denied full access to all documentation of the process, but the

Xingu Vivo movement argue that the investigations lack legitimacy and impartiality as the civil and military police in Altamira are largely sponsored and financed by the Belo Monte consortium. An official cooperation agreement was signed between the state government and corporations who are responsible for executing this project.

The defence also say that this is yet another case of criminalization of social movements, happening everywhere in the world. A large network of solidarity and demonstrations are building up around this confrontation between the corporate consortium, the police and the state. A note of support for militants has already been signed by over 150 civil society institutions throughout Brazil, including the Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) and the Movimento Nacional de Direitos Humanos (National Movement for Human Rights – MNDH).

Still this week, the legal team of the movement will send a report to the UN and the OAS denouncing the criminalization of activists.

For further information:

Xingu Alive

Verena Glass / press officer +55 (11) 9853 9950
Ruy Sposati / press officer  + 55(93) 9173.8389

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PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NO XINGU

Integrantes do Movimento Xingu Vivo Para Sempre de Altamira, Pará, e outros individuos que participaram do Xingu + 23, evento que ocorreu no mesmo local e que luta contra a construção da usina de Belo Monte, sofrem perseguição Política. 11 pessoas foram acusadas de participar dos protesto contra a Hidrelétrica de Belo Monte. Entre os acusados, um Padre que rezou a missa e abençou o encontro, uma freira, um pescador que teve sua casa destruida pelo Consórcio Construtor, missionários indigenistas e um documentarista de São Paulo.
http://www.xinguvivo.org.br/2012/06/26/policia-pediu-prisao-preventiva-de-ativistas-contra-belo-monte/
Por favor, repassem. Compartilhem! É muito importante.

 

Polícia pediu prisão preventiva de ativistas contra Belo Monte

Sem provas, concessionária responsável pela usina acusa 11 pessoas de roubo, formação de quadrilha e perturbação, entre outros crimes. Pedido de prisão ainda não foi aceito
Publicado em 26 de junho de 2012

A polícia civil do Pará pediu à Justiça a prisão preventiva de 11 pessoas acusadas de participar dos protestos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte entre os dias 13 e 17 de junho, durante a realização do evento Xingu +23 na Vila de Santo Antônio, a 50km de Altamira, oeste do Pará. A representação pela prisão preventiva aguarda o parecer do Ministério Público Estadual (MPE).

Entre os acusados no inquérito estão integrantes e assessores do Movimento Xingu Vivo para Sempre, um padre que rezou uma missa e abençoou o encontro, uma freira, um pescador que teve sua casa destruída pelo Consórcio poucos dias antes, missionários indigenistas e um documentarista de São Paulo.

A polícia acusa essas pessoas de terem planejado uma ação no escritório do Consórcio Norte Energia,  “apesar de não existir nos autos uma única imagem comprovando isso”, diz Marco Apolo Leão, advogado e presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, que atua na defesa dos militantes. Também há acusações de danos, roubo, incêndio, desobediência, esbulho possessório, perturbação da ordem pública e formação de quadrilha.

Diante das ameaças de prisão da polícia divulgadas na imprensa, advogados do movimento entraram com um pedido de habeas corpus preventivo para garantir a liberdade dos perseguidos. Protocolado pela defesa na sexta-feira, 22, o pedido de Hábeas Corpus recebeu parecer favorável do Ministério Público, mas foi negado pela justiça na segunda-feira, 25. “Vamos recorrer dessa decisão e manter a posição de que ninguém falará na polícia, pois não conseguimos ter acesso a todas as peças do inquérito”, afirma o advogado. O depoimento de oito dos 11 acusados está marcado para quarta-feira, 27, em Altamira.

DEFESA
Além da dificuldade de acessar todas as peças do processo, a defesa dos integrantes do movimento Xingu Vivo alega que as investigações sobre o caso carecem de legitimidade e imparcialidade, já que as polícias civil e militar, em Altamira, são, em grande parte, “patrocinadas e financiadas pelas próprias empresas que constroem Belo Monte”, por conta de um termo de cooperação assinado com o governo estadual.

A defesa também diz que este é mais um caso de criminalização das lideranças de movimentos sociais e, por isso, uma grande rede de solidariedade e manifestações está sendo construída para apoiar os integrantes do movimento Xingu Vivo e as outras pessoas vítimas das acusações do Consórcio Norte Energia e da polícia. Uma nota de apoio aos militantes já conta com assinatura de 146 instituições da sociedade civil de todo o Brasil, entre eles a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).

Ainda esta semana, a frente jurídica do movimento irá encaminhar um informe denunciando a criminalização dos ativistas para a ONU e a OEA.

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Compartihando Notícias !!!

O pessoal do OcupaXingu – Comitê Belém – tem notícias “de forno” lá de Santo Antonio!!

http://ocupaxingu.wordpress.com/

A ONG Amazon Watch está publicando fotos ótimas e textos, em inglês:

http://amazonwatch.org/news/2012/0615-what-bulldozers-and-cynical-politics-do-shovels-and-grassroots-resistance-undo

O jornal Resistência, da Secretária Paraense de Defesa dos Direitos Humanos publicou uma matéria e fotos sobre o segundo dia do encontro.

Jornal Resistência: http://jornalresistenciaonline.blogspot.com.ar/2012/06/santo-antonio-contra-o-fato-consumado.html

 

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Xingu +23, 16/06: One day of testimonials

Link para a reportagem em português, no site do Movimento Xingu Vivo Para Sempre:

http://www.xinguvivo.org.br/2012/06/14/xingu-23-14-06-um-dia-de-depoimentos/

Xingu +23, first day of work. Early in the morning, the 200 campers who had arrived in Santo Antonio the day before were awakened by a loud siren, coming from the bands of the construction site of Belo Monte that spreads across the other side Transamazônica Road in front of the village of Santo Antonio. Shortly after, the roar of dynamite, and the ground shook. It’s like this every day, as say the few remaining residents in the ancient community, virtually deserted after the dumping of most families.

Antonio

The first thing to do in the village that had its patron saint celebrated in the day before was to honor and raise the standard. Santo Antonio was sung and prayed in Portuguese and Munduruku, because the 40 Indians who came from the Teles Pires and Tapajós rivers, where, like Belo Monte, plants threaten their lands, also need protection from this strong saint.

There, like here


Scheduled to be the leading moment to systematise the many denounces, the day was filled with testimonies from experts, such as the anthropologist Sonia Magalhaes – who gave an overview of the Belo Monte project and its environmental and social impacts – and those affected by the plant. But it also had the emotional participation of a couple of Turkish activists, who face very similar problems caused by the construction of the Ilisu hydroelectric plant.

 

The dream
After the first table of explanations, increased slowly the music Gilberto Gil gave the Xingu +23 (http://www.youtube.com/watch?v=5QLnJLllS1A). Echoing between the mango trees that was making the hall of the assembly, the Sonho (dream) made come forth riverine, fishermen, farmers, Tembés, Jurunas, Mundurukus. In a soft voice, Ana, from the Xingu Vivo Movement, drew a sort of prayer, to which all bowed and touched the earth. Many to hide the tears that welled in absentia.

 

Testimonials

Elio, from Santo Antonio

I created my children on the backs of the Xingu. It was the richest river I ever known. But today the fishermen can not fish anymore. Each dynamite that explodes is like something was exploding inside my chest.

 

Amilton Machado, from Santo Antonio

I feel great pain in my heart. Prior, in the period of 7 to 11 am, we took 30, 40 kg of fish. Today we arrived 11 hours and only got two fish. This is very crazy at the heart. I was household here in Sto. Antonio, had no house so do didn’t got nothing, no compensation. Today I live at my niece’s house, of charity.

 

Carol, from Pimental (Mrs. Sebastião’s daugther)

I would like to study medicine, but after that North Energy has taken our land, we have no more incoming source. They cut down all our cacao plantation, I feel hopeless. Today I have only the sad eyes of my mother and my father.

 

Elisvaldo Gomes, Assurini

In 2006 the Norte Energia (North Energy) appeared in the Assurini community and began to register the inhabitants, saying they would turn out everyone. Since then everybody began to expect for this day, and many gave up to plant because of it, just for waiting, and many people became depressed, and they (the North Energy) never resolved de issue. They said that in 90 days were going take us, and the time is passing and nothing happens. This waiting is disgraceful. And they are only doing it to divide the people. When we plan to organize ourselfes, they arrive and divide the people. Right now, we had a meeting to come to Xingu +23, and it seems that they smell it, because they went there and said that was not for us to go. And from 27 people who would come only came 8.

 

Vanderlei Juruna, from km17

I went to study in Goiania 11 years ago and came back now, and everything is different. Early as 1974 I heard my mother speak of this monster. Now I see in my village that the ethnic groups are thrown one against the other, leaders have been bought, there are people scared. My brother himself is silenced. I remember my mother and I cry, and I have to swallow as if swallowed flour. Today I sleep on a mattress on the floor, I have no job, living on insurance. But you can give blood in the shins, because if it is necessary, we will pour our blood (this is a literal translation, but the meanning of the phrase is that if they need, they will pour their blood fighting).

 

Valdemir Munduruku, drom Teles Pires

I got here with three emotions: a great joy to have found you all, a great sadness to see what is happening here, and great rage of the entrepreneurs and the government because they are doing it. The same happens in our region, the Teles Pires, where the plant has received an installation license. That’s why we’re here. Nature gives us life, and we’ll give her our own. But I say we will never be bought with a market basket. From nature we get everything we need, do not need anyone to give us anything. We’re here to tell the government that we are not kidding. If we need to be arrested, we will be arrested. Because one day we will released. And then come back.

 

Geraldo Munduruku, from Jacareacanga

This is my first time here in the Xingu, and I can not understand what the president is thinking. We Indians do not study much, but there is one thing: we know how to respect the things of God.

Rosenilda Munduruku

My people have fought hard, but who is now here am I. We women have the strength to fight with our people. We are against the dams of the Teles Pires, Tapajós and Xingu. We are proud to be here with you. I am a warrior and will fight to the end.

 

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Aviso sobre as reportagens em inglês

Para ajudar na divulgação das notícias do Xingu +23, de Altamira e da Comunidade Santo Antonio, nós vamos traduzir os textos que sairem publicados pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, ou aqueles que nós mesm@s viemos a publicar.

O link para a reportagem em português estará sempre no início da tradução, conforme abaixo.

 

Ajude a espalhar !!! Mande para quem você conhece fora do Brasil, poste … DISSEMINE!

Tod@s precisam saber o que está acontecendo.

 

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