No 12M-15M diversas cidades do Brasil atenderam ao chamado global. Retomamos praças no Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador, Belém e São Paulo. Desde o dia 15 de Outubro uma importante pauta da acampada de São Paulo tem sido a necessidade de impedir a construção de uma imensa usina hidrelétrica na Amazônia, Belo Monte.
A partir desta experiência alguns dos indignados se integraram ao movimento Xingu Vivo para Sempre e criaram um comitê local de mobilização para um encontro chamado Xingu+23.
No início do mês de junho ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro o Rio+20, encontro de líderes governamentais que visa propor diretrizes ambientais globais para os próximos 10 anos. O encontro será a portas fechadas não considerando as vozes dos 99% (indignados). Paralelamente a este encontro os povos da Amazônia (ribeirinhos, indígenas e comunidades locais e tradicionais) estão organizando o encontro Xingu+23, para dizer que a Rio+20 não nos representa.
Em 1989 um encontro promovido em Altamira, no estado do Pará, foi o início de um processo de lutas que culminou com o impedimento da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Hoje, 23 anos depois, a construção desta barragem voltou a ameaçar os povos da Amazônia. Neste momento em que a construção da barragem se inicia, faz-se urgente o levante das vozes silenciadas e dos braços amarrados pelo grande capital afim de novamente impedir a construção desta obra que pode causar a morte de povos da Amazônia, de milhares de animais, de muitas das diversas espécies endêmicas e a destruição da floresta e dos rios.
Neste momento crítico, necessitamos um intenso apoio e solidariedade de todas as vozes indignadas do mundo. Em junho nasce uma nova acampada no coração vivo da floresta.
Convocamos as nossas irmãs e nossos irmãos indignados a se juntar a esse grito de Basta! E que o Basta seja tão forte quanto em 1989, destruindo os alicerces que sustentam esta barragem.
Xingu+23 – http://www.xinguvivo.org.br/x23/ – 13 de junho – Altamira, Pará.
xingu23sp(a)riseup.net
